Quando não se tem muito daquilo que preenche seu coração, você se apega a pouco.
Uma frase bacana depois de não entender o lugar que te colocaram, um “vou te ver na sexta”, um “vamos sair domingo”, um abraço da enfermeira, um chacoalhão na praia.
Todas essas coisas, pequenas aos olhos de muitos, te traz esperança, e você se apega a quem minimamente tem um gesto cuidadoso. Porque isso é tudo que você precisa para se agarrar a algo que te faça continuar lutando.
O problema é, que muitas vezes, nada disso é realizado. E, para quem não tem muito, a dor se torna maior. Para quem passou a vida sendo ensinado que não é merecedor, o não te dilacera. Um pouco mais do que o normal.
E, com o passar do tempo, você devia se acostumar. Você devia se proteger a ponto de não se importar.
Bom, ao invés disso, você, sem a capa de super herói, somente a capa da invisibilidade (te amo, Harry Potter), desenvolve crises de ansiedade. Porque sabe que, o cuidado que precisa, não chega.
O ar te falta. Você sabe que está sendo consumido.
Voce sente os braços trêmulos, a perna bamba, os monstros embaixo da cama estão já nas suas entranhas. E você não consegue mais correr. Não sonha mais em morar na praia.
Te falta forças para acreditar que será salva.
“And have a little faith in me”
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